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Resenha: Frankenstein - Mary Shelley

Livro: Frankenstein
Autora: Mary Shelley
Editora: DarkSide Books
Páginas: 304
Nota:⭐⭐⭐
Livro lido na LC @darkleitores

Sinopse

Victor é um cientista que dedica a juventude e a saúde para descobrir como reanimar tecidos mortos e gerar vida artificialmente. O resultado de sua experiência, um monstro que o próprio Frankenstein considera uma aberração, ganha consciência, vontade, desejo, medo. Criador e criatura se enfrentam: são opostos e, de certa forma, iguais. Humanos!

Minha opinião

Frankenstein se inicia com uma série de relatos em cartas de Walter para sua prima, ele conta suas aventuras em alto e fala sobre sua vontade de encontrar um amigo para dividir suas aventuras, tempos depois ele encontra um homem no mar e o ajuda, esse homem é Victor Frankenstein, que decidiu contar a história de sua vida.

Voltamos um tempo no passado e começamos a saber um pouco mais da vida do Victor: rapaz suíço de família abastada, resolve viajar para ampliar seus conhecimentos, dedica uma carreira a estudar tecidos mortos, é então que ele decide criar uma vida ele mesmo, trazendo uma criatura morta de volta à vida, mas o resultado de seu experimento tem uma aparência monstruosa, assustando o próprio criador que não pensa duas vezes antes de abandonar sua criatura. É então que o pesadelo de Victor Frankenstein começa.

"Foi um grande esforço do espírito do bem, embora ineficaz. O destino era muito poderoso e suas leis imutáveis haviam decretado minha obsoluta e terrível destruição."

Frankenstein é muito mais que um livro terror, ele nos traz vários questionamentos, o principal sendo: quem é o verdadeiro monstro? Criador ou Criatura? Já que no decorrer do livro fica claro que o Monstro é dotado de sentimentos, mas acabou sendo corrompido pela forma que a sociedade o tratou. O que nos leva a pensar na frase que o filósofo Jean-Jacques Rousseau disse: “o ser humano nasce bom, a sociedade a corrompe”. Será que se o Monstro tivesse sido acolhido ele teria agido de forma diferente?

Uma das partes que eu mais gostei do livro é quando o Monstro vai até o Frankenstein contar o que ele fez após ir embora do laboratório, ele começa a relatar sobre uma família que morava em uma cabana e como aprendeu a ler só de observá-los. É um relato muito interessante pra entender um pouco a mente do Monstro.

"Um ser humano maduro deve sempre preservar a mente calma e pacífica e nunca permitir que a paixão ou o desejo transitório perturbe sua tranquilidade."

Outro ponto interessante é que durante o livro a autora nos dá a visão tanto da Criatura, quanto do Criador, assim podemos entender o motivo dos dois pelas atitudes “erradas” que tomaram.

Sobre a escrita, no inicio achei que teria dificuldade por causa da época em que o livro foi escrito, mas estava totalmente enganada, a autora sabe bem como prender a atenção do leitor. Enfim, livro obrigatório não só pra quem gosta de terror.

Mary Shelley escreveu essa obra quando tinha apenas 19 anos, após se reunir com amigos Lorde Byron, John Polidoro, Percy Shelley e Claire Clairmont, meia irmã de Mary e quando Byron deu a ideia de cada um escrever uma história de terror, assim nasceu um dos maiores clássicos da literatura, escrita no século XIX ainda hoje influencia vários escritores.

"Como nossos sentimentos são mutáveis e como é estranho o amor com que nos apegamos à vida mesmo quando nos resta apenas a infelicidades!"

Mary foi uma autora a frente do seu tempo, pois sendo mulher no século XIX escreveu uma obra tão profunda e que traz questões tão atuais. O livro fala sobre ganancia, sobre como o homem pode ser arrogante ao ponto de querer brincar de Deus.

A edição da DarkSide como sempre está lindíssima e ainda conta com conteúdo extra, sendo os contos: “Valério: O Romano Reanimado”; “Roger Dodsworth: O Inglês Reanimado”; “Transformação”; e “O Imortal Mortal”.

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Por Priscila Biancardi

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