Livro: Columbine
Autor: Dave Cullen
Editora: DarkSide Books
Páginas: 480
Páginas: 480
Nota:⭐⭐⭐⭐
Sinopse
O dia 20 de abril de 1999 deixou uma marca indelével na história norte- americana. O Massacre de Columbine pode não ter sido o primeiro tiroteio em massa, mas foi o primeiro da era digital — e o primeiro de larga magnitude. Na esteira dos acontecimentos de Newtown, Aurora, Virginia Tech, Christchurch, Suzano e Ohio, torna-se cada vez mais urgente compreender e confrontar acontecimentos como o de Columbine. Nossa arma é reaprender a ouvir a dor que
cresce em silêncio no outro e no cerne dos valores da nossa sociedade.
cresce em silêncio no outro e no cerne dos valores da nossa sociedade.
Columbine é lembrado até os dias de hoje sempre que um episódio horrível e similar ocorre, mas boa parte do que sabemos sobre o massacre está errado. Erros factuais e testemunhos duvidosos propagados à época permanecem verdade absoluta para muitos; é fácil dizer que dois meninos rejeitados pelos atletas e pelas garotas, vítimas de bullying, que vestiam sobretudos e descontavam sua raiva em videogames violentos fizeram o que fizeram por essas razões, mas até que ponto isso é real?
Minha opinião
Neste livro do selo Crime Scene vamos conhecer tudo sobre um dos mais famosos massacres dos Estados Unidos.
Eric e Dylan são amigos apesar de todas as diferenças que tem um para o outro, mas uma coisa eles tem em comum: o ódio pela humanidade.
Dylan era uma criança brilhante, começou a escola um ano antes e na terceira série foi matriculado em um tipo de programa para alunos com alto potencial escolar, mas no que se tratava de contato social, principalmente se tratando de meninas, Dylan não era nada brilhante.
Eric não era tão brilhante, mas conseguia tirar notas boas o suficiente para passar, tinha todo o traquejo social que Dylan não tinha e quando se tratava de garotas sempre conseguia as que queria.
"Garotas não costumavam ser um problema. Eric era crânio, mas de uma subcategoria incomum: crânio descolado."
Dylan começou a ver em Eric uma espécie de espelho: o que Eric fazia ele fazia também, pelo menos até onde sua timidez permitia. Muito se especula se Dylan somente embarcou nesse infeliz episódio porque Eric o convenceu disso. Um dos motivos para isso é que Dylan disparou o gatilho bem menos vezes do que Eric naquele fatídico dia. Os dois começaram a colocar o plano em ação, então definiram uma data: 20 de abril de 1999.
"Dylan também era crânio, mas não tão descolado. Pelo menos não se via assim. Ele tentava imitar Eric com tanto afinco - em alguns de seus vídeos ficava todo afetado e agia como um cara durão; então com o olho procurava a aprovação de Eric."
Dave Cullen não deixa nada passar, explora todos os pontos desse episódio marcante da história do crime. Em Columbine não acompanhamos apenas os pensamentos de Eric e Dylan, os atiradores, acompanhamos também história de professores, alunos e pais. O que pra mim foi uma ótima escolha de abordagem, porque faz com que nos conectemos muito mais à história e torna a leitura muito mais impactante, porque quando você acompanha a vida daquela pessoa e descobre que ela morreu no massacre é algo que mexe com a gente, porque não é um simples personagem e sim uma pessoa, mas pelo mesmo motivo também vibramos quando descobrimos que outra pessoa que acompanhamos conseguiu se salvar.
"Psicopata se distinguem por duas características principais: a primeira é o descaso impiedoso por terceiros - defraudam, mutilam ou matam para o ganho pessoal mais trivial; a segunda é o assombroso dom de disfarçar a primeira e é justamente o embuste que os tornam tão perigosos - você nunca vê quando ele se aproxima."
Dave Cullen também faz uma ótima análise comportamental, explica de forma bem didática sobre psicopatia e as possíveis causas que vieram a motivar que dois adolescentes fizessem algo tão horrível.
Columbine é uma leitura pesada, pois é autor não mede palavras para expôr o quão cruéis algumas pessoas podem ser, mas é ótimo para quem quer se aprofundar nesses assuntos e também pra quem tem curiosidade sobre aquele dia.
Única coisa que não me permitiu dar a nota máxima foi que o livro não tem nenhuma imagem, o autor explica o motivo de não ter imagens no livro, mas pra mim é uma coisa que fez falta, ainda mais porque todos os outros livros que eu li do selo Crime Scene continham imagens, o que na minha opinião torna a leitura
bem mais imersiva.
Por Priscila Biancardi
Infelizmente, essa é uma história que ajudou para com que muitos outros massacres em escolas ocorressem. O mundo nunca esquecerá do Massacre de Columbine, e o Brasil nunca esquecerá do Massacre de Suzano.
ResponderExcluirParabéns pela resenha ❤
Olá!
ResponderExcluirJá tinha ouvido falar desse livro justamente por causa do caso em si, uma infeliz "referência" para os muitos que vieram depois :/
Parabéns pela resenha e dica de leitura.
Beijinhos e boa semana
Isabelle
https://blogalgodotipo.wordpress.com/
Boa noite, o tema desse livro não é dos mais fáceis. Confesso que não me lembro do episódio. Não me marcou, talvez porque não tenha acompanhado. Mas, ao ler-te fiquei a imaginar que tipo de fotografias colocariam nesse livro. Eu li "precisamos falar sobre Kevin" e me incomodei um bocado com certas frases do personagem e a postura dele desde o início. Também me perturbou a postura da mãe.
ResponderExcluirEnfim, essas tragédias são bizarras e imagino que, não importa qual história há por trás delas, o trauma para que vive é imenso e não sei se alguém sobrevive a isso.
bacio
Oie amiga! Tudo bem?
ResponderExcluirNossa, eu tenho muita vontade de ler esse livro! Porém acho que será uma leitura muito pesada para mim. Mas talvez eu leia ele ano que vem. Adorei sua resenha! Muito bem feita. E as fotos, perfeitas!