-->

Em Darkside books epsadelo literário john fowles maratona pesadelo literário o colecionador resenha sequestro suspense

Resenha: O colecionador - John Fowles

Livro: O colecionador
Autor: John Fowles
Editora: DarkSide Books
Páginas: 234
Nota: 2/5

Sinopse

O Colecionador é a história de Frederick Clegg, um homem solitário, de origem humilde, menosprezado por uma sociedade esnobe, que encontra o grande amor de sua vida. Tudo o que ele deseja é passar um tempo a sós com ela, demonstrar seus nobres sentimentos e deixar claro que eles nasceram um para o outro.

O Colecionador também é a história de Miranda Gray, uma jovem estudante de artes sequestrada por um maníaco que acha que pode obrigá-la a se apaixonar por ele. Tudo o que ela deseja é escapar do cativeiro, e vai usar de toda sua inteligência para sobreviver ao inferno em que sua vida se transformou.

O Colecionador é um livro narrado por dois personagens antagônicos: o sequestrador e sua vítima. Ferdinand e Miranda. Todos temos um pouco dos dois dentro de nós, concluímos ao final de suas páginas — quem consegue se desgrudar delas?


Minha opinião

Esse livro foi escolhido para a leitura coletiva na Maratona do Pesadelo Literário de 2018. Optei por não ler a sinopse para me surpreender conforme ia lendo.

Um dos livros que mais gostei de ler esse ano foi Jardim de Borboletas da Dot Hutchison, e assim que li o início de O colecionador, com o sequestro de Miranda, achei que seriam parecidos e isso aumentou minha expectativa pelo livro, no entanto, me decepcionei.

A primeira parte é narrada pelo sequestrador. Deixa aquele mistério no ar do que vai acontecer à Miranda e aquela dúvida se o sequestrador vai ceder aos encantos dela ou se vai pirar. Cria aquela atmosfera de tensão pra na segunda parte esfriar totalmente e perder o rumo.


Na segunda parte tudo fica cansativo e perde o brilho. Vemos todas as ações já citadas anteriormente só que pela perspectiva da sequestrada que não ativa em nós o mínimo de empatia. Miranda é a clássica burguesa nascida em berço de ouro que agora se revolta com a sociedade e a podridão dela. Mas parece que ela faz tudo isso por causa de um artista que conheceu e lhe causou grande admiração: G.P., de quem ela não para de falar o tempo todo em seu diário, tornando a leitura exaustiva e mostrando que ela na verdade não tem um pingo de personalidade. Me arrastei nessa parte do livro já pensando em desistir da leitura mas insisti por dizerem que melhorava.

Na terceira e quarta parte temos a conclusão, que acaba sendo sem emoção alguma pois já era esperado desde o fim da primeira parte, responde um pouco a questão do sequestrador de sucumbir ou não ao mal mas de forma morna, que acaba não sendo surpreendente e até previsível.

Essa foi possivelmente a menor nota que dei para um livro e me deixa triste fazer isso porque no início foi possível ver seu potencial, no entanto, ele não foi bem aproveitado.

Por Amanda Rocha

Posts Relacionados

14 comentários:

  1. A premissa desse livro me lembra um pouco o caso (real) da Natascha Kampusch. Sinceramente, mesmo já tendo visto algumas pessoas criticando as últimas partes, é um livro que quero ler. Acho que de alguma forma eu conseguiria ter empatia pela sequestrada, afinal ela está... SEQUESTRADA haha :p
    Adorei a resenha. Acredito que tenha sido uma boa pedida para a maratona :)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Esse livro divide muito as opiniões, por isso acho importante que leia mesmo para tirar suas próprias conclusões. Obrigada pela visita! :)

      Excluir
  2. Não tinha ouvido falar desse livro e lendo seu resenha no começo fiquei animada, mas depois esfrie e acho que não colocaria ele na minha lista de leitura.

    ResponderExcluir
  3. Ah, eu estava na faculdade de psicologia (faz tempo) quando li esse livro e obvio que fiquei algum tempo a analisar as personagens e as particularidades de cada um.
    O ponto alto do livro para mim, foi a obsessão de Clegg, que passa do endeusamento ao ódio… sem limites. E confesso que a maneira como ela revela o seu sofrimento psicológico-emocional, me conquistou. O que me incomodou na personagem foi o sentimento de superioridade demonstrado por ela, mesmo sendo refém de Clegg. Ela o despreza e não por ele ser um sociopata. Ele não gostar de literatura, artes não é a questão. Ser apenas um ‘colecionador’ é o que a incomoda.
    É um livro de personagens, a história não é o ponto forte em si, o que explica a lentidão da trama porque foi ‘feito’ para mexer com a mente de quem lê. Adoro esse tipo de leitura.
    E escolhi dezembro para o ler em português, algo que ainda não tinha feito. Quero ver o que o "eu" de hoje, fora do universo da psicologia, vai achar.


    bacio

    ResponderExcluir
  4. Alguns livros precisam ter uma narrativa lenta mesmo, e a obsessão parece ser a tônica desta, até messmo quem sabe, ser um caso de sindrome de stocolmo. Enfim, eu gostaria de ler para tirar minhas proprias conclusões.

    ResponderExcluir
  5. Oi Amanda!
    Eu fico triste também quando tenho uma expectativa na leitura e der repente isso não acontece me deixando bem frustrada. Não conhecia esse livro, adorei sua resenha e sua sinceridade parabéns, pena que o livro deixou a desejar, bjs!

    ResponderExcluir
  6. Nossa que triste, com certeza é decepcionante quando um livro faz isso com o leitor ... Começa empolgante e depois passa a impressão de que o autor se perdeu e vc acaba lendo por obrigação.
    Uma pena vc ter passado por essa experiência. Desejo sucesso nas próximas leituras. Beijos

    ResponderExcluir
  7. Uma pena saber que o potencial da obra nao foi aproveitado da maneira que deveria, esse é um livro que também me rendeu muita expectativa, e infelizmente pela sua resenha, nao parece ser tudo isso.

    ResponderExcluir
  8. Olá, tudo bem? Poxa que pena que o livro não te agradou. Sei qual é a sensação de um livro começar maravilhoso, mas aos poucos acabar frustrando. Não conhecia o autor, apesar de já ter ouvido falar do outro livro, e espero que tenha mais sorte nas próximas leituras dele.
    Beijos,
    http://diariasleituras.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  9. Olá, tudo bom?
    Poxa, quando comecei a ler sua resenha já fui ficando super curiosa, visto que a premissa é bem diferente e termos esse panorama das duas partes poderia realmente ser algo muito interessante. Fiquei triste em saber que não funcionou =/ Uma pena que da segunda parte para frente o autor tenha perdido a mão.. No entanto, anotei a dica de Jardim de Borboletas! rs
    Ótima resenha!
    Beijos!

    ResponderExcluir
  10. Ahh não gosto quando os desfechos são previsíveis e sem graça, ainda mais quando o livro tinha tudo para ser muito bom... Ainda não li nenhuma obra da editora, mas pretendo ler em breve Diário de uma escrava. Gostei da sinceridade de suas palavras e acho isso essencial para um blog. Parabéns!

    ResponderExcluir
  11. Oiee ^^
    Eu ainda não conhecia esse livro, mas lendou a sua resenha lembrei do livro Dias perfeitos, do Raphael Montes. Parece ser um livro um tantinho bizarro, fiquei curiosa...haha' Uma pena que uma parte do livro tenha sido repetitiva, sem brilho e cansativa assim :/
    MilkMilks ♥

    ResponderExcluir
  12. Oi Amanda, sua linda, tudo bem?
    Feliz 2019, com muita saúde, amor e realizações!!! Eu conheci esse livro hoje mesmo, li uma outra resenha antes da sua. Mas achei um pouco pesado, sou muito sensível, acho que ficaria agoniada com esse sequestro. Que pena que o livro não foi o que você estava esperando. Gostei muito da sua resenha sincera, acontece mesmo de um livro não ser para a gente.
    beijinhos.
    cila.

    ResponderExcluir
  13. Uma pena você não ter gostado, a proposta do livro é muito boa!

    Beijos <3

    ResponderExcluir